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Foto do escritorDr. Glauber Leal

Fêmeas X Machos: Qual é Mais Longevo? (ESTUDO CIENTÍFICO)

Um médico veterinário pesquisador, chamado David J. Waters, da Murphy Cancer Foundation, publicou há alguns anos atrás, um interessante artigo sobre o envelhecimento e longevidade canina.


Aslan
Aslan, meu Rottweiler atualmente com 5 anos de idade.

O estudo mencionado, feito pelo Dr. David, mas com a colaboração de outros cientistas do Centro de Estudos de Longevidade Excepcional da Fundação Gerald P. Murphy do Câncer, relata que a longevidade excepcional em nossos companheiros caninos têm grandes relações com gênero (sexo) do animal e como levamos em consideração suas particularidades relacionadas aos seus hormônios sexuais (castrar ou não, idade no momento da castração, hábitos reprodutivos), e também à capacidade do animal em resistir à doenças, ou melhor, em prorrogar o surgimento de doenças crônicas.


Dr. David J. Waters
Dr. David J. Waters. Director, Center for Exceptional Longevity Studies, Gerald P. Murphy Cancer Foundation

Neste estudo sobre longevidade em cães de estimação, foi observada pelo Dr. David uma vantagem de longevidade feminina de 5:1 sobre os machos, em cães que alcançam a longevidade mais extrema.


O Centro de Estudos de Longevidade Excepcional catalogou a saúde ao longo da vida e as histórias médicas de mais de 300 caninos “centenários”. O estudo se concentra mais em Rottweilers que viveram pelo menos 13 anos, o que é mais de 30% do que a média da raça, e equivalente a 100 anos de idade em humanos.


Os cientistas descobriram que estes caninos "centenários" costumam ter profunda resistência ao câncer. A taxa de mortalidade por câncer é de apenas 8% em cães com tamanha longevidade. Isso difere em mais de 70% dos cães com longevidade regular.


Os Rottweilers de vida excepcionalmente longa que foram estudados, de alguma maneira, conseguiam arrumar uma maneira de controlá-lo o surgimento, ou mais do que isso, a evolução do câncer, pois embora relativamente poucos desses cães longevos morram de câncer, mais de 90% dos cães estudados pelo do Dr. Waters e que foram acompanhados até o momento da morte, abrigavam no momento da morte um ou mais tipos de câncer, segundo os achados nas autópsias. Mesmo que não tenham morrido disso, abrigavam algum tipo de câncer.


Como em humanos, o estudo mostrou que a longevidade excepcional em cães é acompanhada pelo que os pesquisadores chamam de "compressão da morbidade", ou compressão das principais doenças relacionadas à idade, e doenças crônicas, até os anos finais de vida. Entre os cães com longevidade mais extrema, o Dr. Waters classificou 76% deles como "fugitivos", livres das principais doenças (como doenças renais, doenças cardíacas, doenças autoimunes, e câncer) pelo equivalente aos primeiros 100 anos de vida.


Os novos dados sobre a vantagem das fêmeas com maior longevidade em relação aos machos é provavelmente uma novidade e pode ser um dado encontrado apenas devido à amostragem utilizada pelo pesquisador, mas sem dúvidas é um dado interessante a se observar nos próximos anos.


Segue abaixo o link deste estudo caso você queira dar uma olhada mais a fundo:



Waters, David. (2013). Longevity in pet dogs: Understanding what's missing. Veterinary journal (London, England : 1997). 200. 10.1016/j.tvjl.2013.11.024.






Glauber Leal Martins

Médico Veterinario CRMV-RJ 9658 www.glauberleal.com.br


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